A mobilidade mudou. Agora está em qualquer tela, em qualquer lugar.
“Quantas horas você fica conectado na internet?”, a pergunta da pesquisa quer saber. E eu tenho medo de responder: “Não me desconecto nunca!”
Ficar na internet e o conceito de “estar conectado” nada mais têm a ver com ficar na frente de um computador. Quando se fala em mobile, ainda vem à cabeça o telefone celular. Não um iPhone ou Android propriamente dito, mas um daqueles metálicos, que dobram e tocam os ringtones mais cafonas. Esses aparelhos fazem parte do universo “mobile”, mas mobilidade nada mais tem a ver com telefones celulares.
Não podemos mais contar quanto tempo a gente “fica na internet” porque, tecnicamente, se você tem um smartphone no bolso e tem pacote de dados, seu smartphone está “online” 100% do tempo. Ele recebe mensagens, e-mails, acessa a internet. Só porque você não está olhando pra ele não quer dizer que você não esteja conectado.
Os iPads (e outros tablets de que eu não lembro o nome) são móveis e em nada se parecem com um celular. Também não podemos dizer que são computadores, mas são, e passam a maior parte do tempo conectados.
Deixamos de ter computadores de mesa lá em casa faz alguns anos. Apenas um roteador Wi-Fi e laptops. Laptops estão em movimento e estão conectados. Olha o mobile aí de novo.
Mas daí você corre pra TV 40+ polegadas e finalmente se desconecta. Se desconectava. Estão chegando ao mercado, a toda velocidade, as TVs conectadas ou Smart TVs. Com acesso à internet e até aplicativos.
Nesse universo de tantos aparelhos conectados, e num cotidiano onde passamos de um aparelho para o outro sem escalas, pensar em dispositivos ou em conexão à internet perdeu o sentido. Não tem mais estar online ou offline. Não tem mais como estar mobile ou não mobile.
Entramos na era da mobilidade total e conexão 100% do tempo, em qualquer tela e em qualquer lugar.
Por: Michel Lent Schwartzman
Nenhum comentário:
Postar um comentário